segunda-feira, 11 de abril de 2011

Desculpa

Um misto de sentimentos vagos e dolorosos. Nada mais justo do que iniciar com essas palavras para descrever a semana que passou. Tenho certeza de que aquelas cenas chocaram o mundo – crianças sendo mortas dentro da sala de aula, lugar onde se pensa estar em completa segurança.

Tenho em minha mente a escola como um espaço de aprendizagem e conhecimento e fico feliz por saber que aqui no Brasil muitas vezes, embora nem sempre, isso funcione de verdade. Então surge um certo alguém, que no momento sequer encontro palavras para descrevê-lo, e destroi o sonho de inúmeras crianças e acaba com famílias inteiras.

Então surgem os ‘ses’. Se ele não tivesse vendido a arma, se ele não tivesse aberto o portão, se ele não tivesse permitido sua entrada, se a segurança do país fosse melhor, se... Agora já é tarde. Os ‘ses’ já não adiantam mais. Os ‘brasileirinhos’, como se referiu a eles Dilma, já se foram. Encontrar culpados é perda de tempo.

Penso se fossem meus filhos. Enlouqueceria? Provavelmente. Não sou daquelas pessoas que conseguem erguer a cabeça tão facilmente e sinto o peso do fardo se triplicando em meus braços.

Desculpa nem sempre é a palavra certa para momentos de dor, ainda mais quando a dor nasceu de uma tragédia. Julgar também não é justo. Não gosto desse papel imperante e além do mais, tudo é relativo. Além de homenagens que, diga-se de passagem, não salvam a pátria, resta a nós brasileiros rezar por estes que se foram e principalmente para os que ficaram, para que a dor que os envolve possa diminuir aos poucos e se transformar apenas em saudade. 

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