Foto: reprodução Facebook Taslima Akhter
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Fotógrafa registra cena de casal abraçado em meio aos escombros de Rana Plaza. |
A
fotografia de Taslima Akhter ganhou repercussão ontem nos jornais brasileiros.
Um casal enfrentou os seus últimos minutos de vida abraçados um ao outro, como
se o calor do próximo fosse suficiente para manter a alma viva.
O número de
mortos, que ultrapassa os mil, surpreende e, de certa forma, emociona. A
tragédia em grande escala sempre tem a habilidade de causar uma certa dor, dor
que me parece do outro, mas que inevitavelmente assumimos como nossa.
É difícil
não se emocionar ao ver a foto de Taslima, assim como foi duro encarar a cena dos
241 corpos largados em um ginásio a espera de seus pais, em Santa Maria, RS.
Tenho a
impressão de que 2013 já causou um grande estrago. Aliás, começou bem cedo
provocando uma dor imensa em muita gente.
Hoje,
porém, trouxe uma surpresa. Em Savar, onde o prédio Rana Plaza desabou no dia
24 de abril, uma mulher foi encontrada viva. Depois de 17 dias, a sua imagem
faz ressurgir o sentimento de esperança, de vida entre a morte.
Penso que a
tragédia serve como estímulo de mudança, mas na maioria das vezes me pergunto
se fomos capazes de aprender a lição.
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