sexta-feira, 10 de maio de 2013

A dor da tragédia – da boate Kiss a Bangladesh


                                                                           Foto: reprodução Facebook Taslima Akhter
Fotógrafa registra cena de casal abraçado em meio aos escombros de Rana Plaza.

A fotografia de Taslima Akhter ganhou repercussão ontem nos jornais brasileiros. Um casal enfrentou os seus últimos minutos de vida abraçados um ao outro, como se o calor do próximo fosse suficiente para manter a alma viva.

O número de mortos, que ultrapassa os mil, surpreende e, de certa forma, emociona. A tragédia em grande escala sempre tem a habilidade de causar uma certa dor, dor que me parece do outro, mas que inevitavelmente assumimos como nossa.

É difícil não se emocionar ao ver a foto de Taslima, assim como foi duro encarar a cena dos 241 corpos largados em um ginásio a espera de seus pais, em Santa Maria, RS.

Tenho a impressão de que 2013 já causou um grande estrago. Aliás, começou bem cedo provocando uma dor imensa em muita gente.

Hoje, porém, trouxe uma surpresa. Em Savar, onde o prédio Rana Plaza desabou no dia 24 de abril, uma mulher foi encontrada viva. Depois de 17 dias, a sua imagem faz ressurgir o sentimento de esperança, de vida entre a morte. 

Penso que a tragédia serve como estímulo de mudança, mas na maioria das vezes me pergunto se fomos capazes de aprender a lição.   

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