quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Escolhas

   Nada como estar de férias, tirar o dia para descansar e escolher. Sim  escolher o sabor da geléia, se toma café ou chá, se veste preto ou branco, vestido é apropriado ou não? Acho que as mulheres entendem melhor disso!

   Em suma, só percebi o quanto se está diariamente limitado a escolhas quando precisei definir qual dos tantos livros lançados nas prateleiras daquela pequena biblioteca eu levaria para casa. Bom, o tamanho da biblioteca também não importa. O que me aflige e me preocupa mais é a péssima qualidade da literatura que está chegando a nossas mãos.

   Caro leitor, não estou com isso dizendo que o que lês agora se trata de literatura. Estou apenas revoltado. Confesso que passei uma boa parte de meu tempo de lazer por entre linhas incansáveis que muito pouco conhecimento me agregaram.

   E como escolher o melhor volume? Como saber o que é bom, o que vale a pena e o que é imprestável? Como pode um mundo de tantas escolhas não ter a escolha certa?

   Estava a meditar e pensei que, na verdade, não escolhemos nada, apenas decidimos entre um e outro. E decidir entre um e outro não é uma escolha justa. É como votar para Inter ou Grêmio no próximo Grenal ou qual dessas duas novelas você prefere ver de novo?

   Com medo de errar, porém, me torno a cada passo mais arcaica, substituindo a beleza das impressões atuais pela literatura densa de autores clássicos. Mas essa é somente a minha opção... e a sua, qual é?

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